Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto

Museu em Santos, Brasil

A Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, localizada em Santos, é o casarão conhecido como o casarão branco no Boqueirão e é um exemplar da áurea do café no Brasil.Foi construído em 1900 pelo alemão Senhor Dickr, mas, em 1910, saiu do Brasil por motivos familiares, desfazendo-se assim de sua moradia para o Barão do Café, conhecido como Francisco C. Pires. Em 1913, no entanto, a família Pires vendeu o imóvel para a sede do Asilo de Inválidos de Santos / Casa do Sol. Em 1921, o casarão foi resgatado e reformado, dando origem a novos ambientes na casa. Foi construído um quarto de costura e um jardim de inverno.

Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto
Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto
Tipomuseu, edifício
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas23° 58' 23.6" S 46° 19' 19.8" O
Mapa
LocalizaçãoSantos - Brasil
Patrimôniobem tombado pela CONDEPASA

A casa tem um estilo arquitetônico eclético, sua decoração interna é composta por Art Nouveau e a escada é de mármore Carrara, com corrimão de ferro maciço.Essa residência foi uma das precursoras na área da construção, totalmente isolada, diferente das casas da época que eram geminadas.Havia um alojamento de criados e duas salas de aula para as crianças estudarem. No jardim, localizava-se uma quadra de tênis e um pomar. Devido à quebra da bolsa de valores, ocorreu a desvalorização do café em 1935. Os Pires tiveram que se desfazer da casa. Por um período curto, a residência foi um pensionato de moças, até que uma família de espanhóis compra o casarão. Em 1987, os herdeiros perceberam o crescimento da região e decidiram vender o imóvel para uma construtora.A prefeitura interveio, declarando o imóvel como patrimônio histórico cultural da cidade. Os herdeiros não conseguiram entrar em acordo com a prefeitura sobre o valor do imóvel, fazendo com que o abandonassem, transformando-o em cortiço, causando, assim, a degradação do local. A partir de 1986, a prefeitura resolve resgatar e restaurar o imóvel. Seis anos depois, como homenagem a Benedicto Calixto, o retratista do mar, se instala ali a Pinacoteca.

Benedicto Calixto, O Retratista do Mar

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Nascido em 14 de outubro de 1853, na cidade de Itanhaém, litoral de São Paulo, o fiel retratista do mar realizou uma imensa obra e obteve reconhecimento nacional e internacional de seu trabalho. Calixto começou sua carreira retratando com muita técnica e sensibilidade telas sobre o cotidiano, cultura e costumes de Santos e regiões próximas. Além de ter feito obras grandes como a pintura do teto do Teatro Guarani, Benedicto também foi professor de pintura e estudos históricos. Calixto nos faz notar através de sua arte a passagem do século XIX para o século XX.Benedicto Calixto recebeu propostas de Visconde de Vergueiro para estudar na França. Em 1883 embarcou para Paris e retornou para o Brasil em 1884, residindo em São Vicente até o seu falecimento em 31 de maio de 1927.

Branquinha A História do Casarão Branco

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Branquinha, de forma lúdica, conta a história da sua vida, seus medos, desafios e conquistas, desde quando foi construída até se tornar a Pinacoteca Benedicto Calixto e tornar-se conhecida como O Casarão Branco.A proposta fundamental da criação deste livro é a Conscientização Sobre a Importância da Preservação do Patrimônio.O livro produzido tem o intuito de preservar a história do Casarão Branco, e de levar essa história, riquíssima, ao maior número de crianças e jovens possível, tentando conscientiza-los sobre a preservação do patrimônio histórico que é o Casarão Branco sede da Pinacoteca Benedicto Calixto.No livro, a própria casa tem vida e narra a sua história, ela recebeu olhos, boca e braços, que possibilitou dar expressões a ela durante as 14 ilustrações feitas à aquarela e lápis aquarelável e também de fazer uma proximidade com o leitor. A casa expõe aos leitores seus medos, alegrias e aflições que passou desde sua construção até a inauguração da Pinacoteca Benedito Calixto, fazendo assim um apelo a sua preservação e criando nas pessoas certo carinho a este espaço, levando todos a enxergarem além da sua estrutura física.[...senti-me, ao percorrer suas páginas, a própria "Branquinha"!] - Edith Pires Gonçalves Dias, ex-moradora do Casarão, filha de Francisco da Costa Pires, um barão do café.Texto e ilustrações de Bárbara Leite, produzido pela editora Communicar.

Bibliografia

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  • Livro: Depois da cena - A Tribuna

Ligações externas

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